Governadores de 19 estados são favoráveis às medidas de ajuste fiscal anunciadas nesta segunda-feira (14) pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. Em reunião com ministros da área econômica e da articulação política após o anúncio, os governadores consideram que as medidas são positivas, dado o momento pelo qual passa o País.
Para o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), é necessário esvaziar os movimentos pró-impeachment no Congresso, para que o pacote seja aprovado.
“É preciso combater o crescimento desses movimentos pró-impeachment”, conclamou o governador petista.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), aproveitou o encontro para pedir apoio da presidenta Dilma e da equipe econômica para articular junto à cúpula do Judiciário para apertar o cumprimento de medidas de combate à sonegação e liberação das dívidas ativas.
“Temos cerca de 1 trilhão ajuizado. O CNJ poderia fazer um mutirão para arrecadação desse dinheiro sonegado. A presidenta Dilma nos disse: vamos fazer isso”, afirmou Flávio Dino.
CPMF – Um dos anúncios feitos pelo governo nesta segunda-feira (14) foi a proposta de alíquota de 0.20% para a nova CPMF, que vai custear a Previdência Social.
A previsão do governo é arrecadar R$ 32 bilhões da nova CPMF. Esse montante seria destinado apenas para a União.
Segundo o ministro da Defesa, Jaques Wagner, a proposta pode ser modificada no Congresso Nacional, aumentando a alíquota de 0.20% para 0.38%. Com isso, a nova CPMF seria compartilhada com estados e municípios.
“Se vocês negociarem com o Congresso esse plus na alíquota, subindo para 0.38%, aí sim é possível o compartilhamento com estados e municípios”, disse Jaques Wagner.
A primeira reunião dos 27 governadores foi marcada para a quarta-feira (23) na Câmara, com lideranças de todos os partidos.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do”O Globo”