segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Primeiros dados do GfK apontam aumento na audiência de SBT e Record

Silvio Santos e Edir se unem (Foto: Reprodução)
Silvio Santos e Edir em encontro neste ano; emissoras dos empresários tiveram aumento de audiência no GfK (Foto: Divulgação)
A empresa alemã GfK começou a medir a audiência da TV brasileira nas últimas semanas, e os primeiros dados apurados pelo instituto apontam que os índices de emissoras como Record e SBT é maior do que a registrada até o momento pelo Ibope.
A primeira leva de dados consolidados só deve ser divulgada na próxima semana pela empresa às emissoras que assinaram seu serviço (SBT, Record e RedeTV!). Porém, o jornalista Ricardo Feltrin divulgou dados em que teve acesso a algumas observações feitas após as primeiras medições do GfK.
De acordo com a publicação, a nova medição não deverá provocar nenhuma “revolução” ou grandes mudanças no ranking atual dos canais abertos. A Globo segue na liderança isolada nos dois institutos.
No entanto, o instituto alemão já teria observado que o SBT, por exemplo, tem mais audiência pela manhã e à tarde do que a medida atualmente pelo Ibope. Já a Record, segundo os dados iniciais do GfK, tem índices maiores na faixa da tarde e à noite do que os números atuais medidos pelo Ibope.
O instituto alemão também está encontrando diferenças – em relação ao Ibope – entre algumas faixas etárias e sociais. Segundo uma fonte ouvida por Feltrin, essa discrepância captada em medições iniciais pode indicar que a metodologia utilizada pelo GfK seria mais completa e ampla que a utilizada atualmente. A empresa alemã estaria contemplando “significativas mudanças” nos estratos sociais ocorridos especialmente nos últimos dez anos.
O Ibope instala aparelhos em residências de acordo com um estrato obtido de dados demográficos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o Ibope, a distribuição de seus aparelhos de medição contempla todas as camadas sociais, de escolaridade e faixas etárias.
O GfK também teve de utilizar dados do IBGE para definir a instalação de seus aparelhos, mas seu departamento de pesquisa teria observado novas e importantes mudanças sociais e de renda nos últimos anos.
Por exemplo: uma parcela da população (e de profissionais) que no passado pertencia à classe C, hoje está na classe B e até mesmo na A, apesar de não ter mudado de profissão. O comportamento e perfil de consumo dessas pessoas, porém, mudaram drasticamente.
Um exemplo: 10 ou 20 anos atrás uma cabeleireira ou um pedreiro podiam ser enquadrados como representantes tradicionais da classe C. Só que hoje, devido a mudanças no mercado e no país, esses mesmos profissionais podem faturar, digamos, até R$ 10 mil por mês (lembrem-se, são só exemplos).
Por isso, embora tenham mantido a mesma profissão, hoje seu status e seus hábitos de consumo – e também como telespectadores – podem ter mudado radicalmente.
Contudo, ainda é cedo para saber como a reação das emissoras, do mercado publicitário e, em especial, dos anunciantes aos novos dados de audiência medidos pelo GfK.
Apesar de muitas pessoas acreditarem que uma segunda empresa medindo audiência pode servir apenas para criar confusão no mercado, mas alguns especialistas acreditam que é justamente o oposto disso: que eventuais discrepâncias que o GfK identificar também podem servir para aprimorar ainda mais estratégias publicitárias e de anunciantes na TV.
O Ibope tem hoje cerca de 5.000 aparelhos instalados em residências das 15 maiores regiões metropolitanas do país. Há promessa de elevar esse número para 6.000 ainda este ano.
Já o GfK instalou cerca de 6.600 aparelhos pelo país, e promete medir também o público de TV on demand e de sistemas como o Netflix.
TV FOCO

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