Os bancários de Pernambuco iniciaram a segunda semana de greve com um grande protesto para exigir dos bancos a retomada das negociações. O ato, realizado nesta terça (13) em frente à agência da Caixa da Avenida Conde da Boa Vista, região central do Recife, também exigiu mais contratações e proteção ao emprego dos bancários.
Segundo a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, a proteção ao emprego e a ampliação das contratações são prioridades dos bancários na Campanha Nacional deste ano. “Durante as negociações, os bancos se negaram a incluir na Convenção Coletiva qualquer mecanismo de proteção ao emprego. Vale destacar que, apesar dos lucros bilionários, as instituições financeiras são um dos setores da economia que mais demitem e fecham postos de trabalho no país”, explica.
Suzi ressalta que, todos os dias, cerca de 1.650 bancários são demitidos pelos bancos que operam no Brasil. “Só no primeiro semestre deste ano, as instituições financeiras enxugaram seu quadro de pessoal em 2.795 vagas, que foram fechadas sem perspectiva de serem preenchidas num futuro próximo. E a situação pode piorar com a recente compra do HSBC pelo Bradesco, num negócio que, sempre, resulta em demissões e fechamento de postos de trabalho para os bancários. A fusão do Itaú com o Unibanco, em 2008, por exemplo, resultou no fechamento de 15.701 postos de trabalho. Um ano antes, a compra do Banco Real pelo Santander ceifou 2.969 empregos”, detalha a presidenta do Sindicato.
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O protesto – O ato desta terça-feira foi o terceiro realizado pelos bancários de Pernambuco desde o início da greve, em 6 de outubro. Durante as manifestações, o Sindicato distribuiu bombons e pipoca em homenagem ao Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro.
Segundo Suzineide, o Sindicato organizou o protesto em frente à agência da Caixa porque os bancos públicos têm seguido a mesma receita da Fenaban (Federação de Bancos) e negado todas as reivindicações específicas dos trabalhadores, inclusive em relação ao emprego.
“Nós temos uma mesa de negociações com a Fenaban, que debate a pauta geral dos bancários, de bancos públicos e privados. E, paralelamente, há o diálogo com alguns bancos, principalmente Caixa, Banco do Brasil e BNB, para tratar de assuntos específicos: contratações por exemplo”, explica Suzi.
Na Caixa, foram realizadas quatro rodadas de negociação sobre assuntos específicos e o banco negou todas as reivindicações dos trabalhadores. Na última reunião, realizada no dia 18, a Caixa informou que não há previsão de contratações. Os representantes dos empregados lembraram que a empresa está autorizada pelos órgãos controladores a ter um quadro com 103 mil trabalhadores, mas que atualmente conta com 98 mil. Com o Plano de Apoio à Aposentadoria, implantado pelo banco no ano passado, mais de 3 mil pessoas se aposentaram, 200 em Pernambuco. Este déficit de mão-de-obra não foi reposto.
A secretária de Formação do Sindicato, Anabele Silva, que participa das negociações nacionais com a Caixa, destaca que o banco não tem motivos para não contratar. “A Caixa tem 80 milhões de correntistas e poupadores e é responsável por milhões de benefícios do Bolsa Família, seguro-desemprego, PIS, abono salarial e as aposentadorias e pensões do INSS. Encerrou o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 1,5 bilhão”, lembra Anabele.
>> Veja como foram todas as negociações realizadas até agora
Outros protestos – Na semana passada, os bancários de Pernambuco realizaram dois protestos para pressionar os bancos e dar visibilidade à greve. Logo no segundo dia de paralisação, na quarta-feira (8), o Sindicato organizou um ato em frente à agência do Bradesco localizada na avenida Conselheiro Aguiar, esquina com a Ernesto de Paula Santos, em Boa Viagem. O protesto ocorreu um dia depois de Pernambuco ter sofrido seu 41º assalto a banco do ano.
Na sexta-feira, dia 9, um protesto alegre, bem humorado e solidário chamou a atenção da população que passou em frente ao Bradesco da Avenida Dantas Barreto, no centro do Recife. Encerrando a primeira semana de greve, os bancários distribuíram uma sopa por um valor simbólico de R$ 0,10. “É pra financiar os banqueiros que estão em crise”, ironizavam os bancários. E completavam: “Crise de riso!”.
Segundo a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, a proteção ao emprego e a ampliação das contratações são prioridades dos bancários na Campanha Nacional deste ano. “Durante as negociações, os bancos se negaram a incluir na Convenção Coletiva qualquer mecanismo de proteção ao emprego. Vale destacar que, apesar dos lucros bilionários, as instituições financeiras são um dos setores da economia que mais demitem e fecham postos de trabalho no país”, explica.
Suzi ressalta que, todos os dias, cerca de 1.650 bancários são demitidos pelos bancos que operam no Brasil. “Só no primeiro semestre deste ano, as instituições financeiras enxugaram seu quadro de pessoal em 2.795 vagas, que foram fechadas sem perspectiva de serem preenchidas num futuro próximo. E a situação pode piorar com a recente compra do HSBC pelo Bradesco, num negócio que, sempre, resulta em demissões e fechamento de postos de trabalho para os bancários. A fusão do Itaú com o Unibanco, em 2008, por exemplo, resultou no fechamento de 15.701 postos de trabalho. Um ano antes, a compra do Banco Real pelo Santander ceifou 2.969 empregos”, detalha a presidenta do Sindicato.
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O protesto – O ato desta terça-feira foi o terceiro realizado pelos bancários de Pernambuco desde o início da greve, em 6 de outubro. Durante as manifestações, o Sindicato distribuiu bombons e pipoca em homenagem ao Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro.
Segundo Suzineide, o Sindicato organizou o protesto em frente à agência da Caixa porque os bancos públicos têm seguido a mesma receita da Fenaban (Federação de Bancos) e negado todas as reivindicações específicas dos trabalhadores, inclusive em relação ao emprego.
“Nós temos uma mesa de negociações com a Fenaban, que debate a pauta geral dos bancários, de bancos públicos e privados. E, paralelamente, há o diálogo com alguns bancos, principalmente Caixa, Banco do Brasil e BNB, para tratar de assuntos específicos: contratações por exemplo”, explica Suzi.
Na Caixa, foram realizadas quatro rodadas de negociação sobre assuntos específicos e o banco negou todas as reivindicações dos trabalhadores. Na última reunião, realizada no dia 18, a Caixa informou que não há previsão de contratações. Os representantes dos empregados lembraram que a empresa está autorizada pelos órgãos controladores a ter um quadro com 103 mil trabalhadores, mas que atualmente conta com 98 mil. Com o Plano de Apoio à Aposentadoria, implantado pelo banco no ano passado, mais de 3 mil pessoas se aposentaram, 200 em Pernambuco. Este déficit de mão-de-obra não foi reposto.
A secretária de Formação do Sindicato, Anabele Silva, que participa das negociações nacionais com a Caixa, destaca que o banco não tem motivos para não contratar. “A Caixa tem 80 milhões de correntistas e poupadores e é responsável por milhões de benefícios do Bolsa Família, seguro-desemprego, PIS, abono salarial e as aposentadorias e pensões do INSS. Encerrou o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 1,5 bilhão”, lembra Anabele.
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Outros protestos – Na semana passada, os bancários de Pernambuco realizaram dois protestos para pressionar os bancos e dar visibilidade à greve. Logo no segundo dia de paralisação, na quarta-feira (8), o Sindicato organizou um ato em frente à agência do Bradesco localizada na avenida Conselheiro Aguiar, esquina com a Ernesto de Paula Santos, em Boa Viagem. O protesto ocorreu um dia depois de Pernambuco ter sofrido seu 41º assalto a banco do ano.
Na sexta-feira, dia 9, um protesto alegre, bem humorado e solidário chamou a atenção da população que passou em frente ao Bradesco da Avenida Dantas Barreto, no centro do Recife. Encerrando a primeira semana de greve, os bancários distribuíram uma sopa por um valor simbólico de R$ 0,10. “É pra financiar os banqueiros que estão em crise”, ironizavam os bancários. E completavam: “Crise de riso!”.
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