terça-feira, 27 de novembro de 2018

Ilha de Santana a Ilha do Lixo



Há um certo tempo visualizamos notícias acerca das urgentes necessidades da Ilha de Santana, em Jardim Atlântico, Olinda/PE. Os munícipes daquela localidade estão esquecidos pelo Poder Executivo de Olinda bem como abandonados pelos Vereadores da Marim dos Caetés. Pelo menos até a presente hora não temos conhecimento de nenhuma ação séria e construtiva de algum vereador olindense na comunidade. Verdadeiramente os munícipes da Ilha de Santana vivem à mercê dos desserviços da Prefeitura, conforme relatos da população.

Tendo sido procurado pelo comunitário Rangel Gonçalves de Andrade, em nome dos moradores, desabafou e relatou que atualmente a comunidade vem enfrentando uma situação insustentável e que perdura há meses, o acúmulo de entulhos e de lixo por toda parte. A “ilha de lixo” é visível, cheira mal e dá guarida à proliferação de ratos, muriçocas e insetos nocivos à saúde pública. “Por diversas vezes o problema foi levado ao conhecimento dos órgãos competentes e até agora nada foi solucionado”, disse o comunitário.

Tal situação está afetando a comunidade escolar da Escola Municipal Gregório Bezerra, situada à Rua Santana, pois, o entulho e lixo estão acumulados justamente ao lado do equipamento público. E isso está causando um grande transtorno para os estudantes, professores e transeuntes que ali passam.

Também o Rangel, afirmou que o caminhão da coleta de lixo não consegue realizar o serviço nas ruas estreitas, becos e vielas da Ilha de Santana, ficando prejudicadas mais de 40 artérias. Daí o acúmulo de entulhos e lixo. Por outro lado ele reconheceu que a população não sabe descartar o entulho e lixo de forma adequada e justificou que falta de um trabalho ou ação educativa na comunidade, explicando a forma correta de descartar o lixo e sobre coleta coletiva. Sugeriu que essa iniciativa poderia ser feita pela Secretaria responsável pela manutenção urbana do Município.

O comunitário Rangel, relembrou: “à época da ex-prefeita Luciana Santos não sofríamos com a coleta de lixo pelo contrário, eram disponibilizadas duas carrocinhas para o recolhimento do lixo manualmente nos becos e vielas. Então, concentravam os detritos num ponto central na Ilha de Santana e aí era tudo recolhido pelo caminhão”.

Há também na Ilha de Santana um canal que corta ruas da comunidade e que fica ao lado da Defesa Civil. Pasmem! O canal está totalmente entupido, cheio de mato e de garrafas pets, além de outros materiais descartados de forma irregular. Segundo o relato é irônico haver um canal obstruído por entulho e lixo e os próprios funcionários não ter a preocupação de acionar os órgãos públicos para realizar pelo menos um mutirão de limpeza na localidade e no referido canal. É muita falta de iniciativa e de boa vontade!

A população da Ilha de Santana estão preocupados com as águas das chuvas que ficam empossadas nesses materiais plásticos descartados indevidamente e ali poderão servir de criadouro para o pernilongo-rajado ou popularmente conhecido como mosquito da dengue e transmissor da Chikungunya e do vírus Zika. Outra preocupação é com a leptospirose devido à proliferação de ratos, conforme foi citado nessa matéria.

Mais uma vez o pleito será encaminhado à Prefeitura de Olinda e Câmara de Olinda. Tanto o Rangel quanto a comunidade tem esperanças de serem ouvidos e atendidos. A esperança é a única que morre, de acordo com o adágio popular. Para nós, construtores sociais e agentes de mudança e transformação, o Poder Executivo e Secretarias de Olinda devem ter mais boa vontade política para garantir os direitos básicos, sociais e promover o bem estar e qualidade de vida da coletividade. No caso, a dos olindenses.

Imagens Edvan Ratis 

Por Edvan Ratis 

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